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Denúncia conjunta ou fragmentada? Os caminhos caso a PGR decida enquadrar Bolsonaro por tentativa de golpe

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A Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Paulo Gonet, pode recorrer a informações de três investigações conduzidas pela Polícia Federal caso decida apresentar uma denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) no caso da tentativa de golpe de Estado em 2022.

As conclusões deste inquérito devem ser enviadas nos próximos dias ao procurador-geral pelo ministro-relator de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A partir disso, caberá à PGR decidir entre oferecer denúncia, arquivar os casos ou pedir novas diligências.

Denúncia conjunta ou fragmentada?

Gonet pode optar por consolidar as informações das três investigações em uma única, o que tornaria mais robusta a denúncia contra Bolsonaro.

Essa estratégia, contudo, é arriscada: os processos estão em fases distintas e, em alguns casos, a PGR já pediu mais informações à PF, o que pode atrasar a tramitação do caso principal.

No inquérito sobre a falsificação dos cartões de vacina, a PF destacou que o esquema poderia ter sido usado para facilitar a fuga de aliados do ex-presidente após a tentativa inicial de golpe, em 2022.

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O objetivo, segundo o relatório, seria “aguardar a conclusão dos atos relacionados a nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu no dia 08 de Janeiro de 2023″.

Já no caso das joias sauditas, o relatório da PF menciona explicitamente, em cinco trechos, uma “tentativa de golpe de Estado”.

A investigação aponta para uma possível organização criminosa com objetivos políticos e patrimoniais, incluindo ataques virtuais a opositores e instituições como o STF, além do uso da máquina pública para garantir vantagens pessoais e políticas.

Um dos eixos de atuação seria, justamente, uma investida pela abolição violenta do Estado.

Em outro trecho do relatório, a PF se refere diretamente à investigação sobre a trama de 2022.

“Após o segundo turno das eleições presidenciais, frustrada a tentativa de golpe de Estado em curso naquele momento (…), o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu sair do país com destino aos estados unidos”, afirmou a PF.

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